“Formar, registar, comunicar, gerir e organizar”, as bases do projeto de Rita Flores

“Formar, registar, comunicar, gerir e organizar”, as bases do projeto de Rita Flores

Porque decidiu candidatar-se à presidência da SPO?

Rita Flores: A decisão de me candidatar à presidência da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia foi resultado de um caminho que se iniciou e amadureceu dentro de mim. Ocorreu quando constatei que tinha a capacidade de reunir uma equipa sólida, abrangente, de alto nível científico, técnico e humano e que partilhamos e tínhamos em comum a vontade de pôr a nossa experiência, conhecimento e disponibilidade ao serviço dos oftalmologistas.

Quais as linhas gerais do seu projeto?

RF: Decidimos apresentar para este biénio um programa baseado em cinco linhas programáticas essenciais: Formar; Registar; Comunicar; Gerir; Organizar. O programa que desenhamos exige a necessária interdependência entre estas cinco linhas essenciais que articular-se-ão entre si, não só na conceção de um plano estratégico a longo prazo como no cumprimento de um plano operacional para os dois anos do mandato. A possibilidade de projetar a atuação a um maior longo prazo, através do estabelecimento de um plano estratégico para a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, deve ser considerada de forma viva e interativa, através da realização de fóruns de discussão, que avaliem as reais expectativas dos sócios e que promovam um “benchmarking” com outras sociedades médicas.

Quais são os principais desafios da profissão em Portugal?

RF: A oftalmologia é uma especialidade que tem assistido, recentemente, a muitos desenvolvimentos que têm condicionado drástica e positivamente a resposta que conseguimos dar aos nossos doentes. Estes desenvolvimentos, sejam eles técnicos, instrumentais, novos tratamentos ou novas moléculas, melhoraram de forma muito significativa o prognóstico de variadas doenças e a qualidade de vida que, ao controlá-las, conseguimos proporcionar. Manter um padrão de excelência na oftalmologia nacional, com uma forte aposta na atualização do conhecimento e na formação contínua pós-graduada, é um importante objetivo e uma responsabilidade da SPO. Outro grande desafio é defender a saúde da população, informando-a convenientemente, e defendendo o ato médico na área da oftalmologia à responsabilidade exclusiva dos médicos oftalmologistas. Atravessamos tempos de alguma instabilidade na saúde em Portugal, pelo que a procura de solidez nas sociedades científicas é fundamental.

Entrevista completa na OftalPro 59.

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