Oikos já proporcionou centenas de encontros entre famílias deslocadas no norte de Moçambique

Oikos já proporcionou centenas de encontros entre famílias deslocadas no norte de Moçambique

A ONG portuguesa Oikos já proporcionou centenas de reencontros em cinco distritos diferentes na zona de Cabo Delgado devido aos ataques provocados.

Para fugir aos ataques de Palma no Norte de Moçambique, as pessoas chegam a andar mais de 450km e a ficar uma semana no mato sem água potável ou alimentação até encontrarem uma zona de abrigo segura. A maioria chega sem qualquer forma de contacto com a família e muitas vezes até a família nuclear teve que se separar no momento ou a meio da fuga.

Através da proximidade e trabalho conjunto da Oikos com as autoridades locais há muitos anos na região, a Oikos está a apoiar as pessoas que chegam a encontrarem familiares no distrito. A Organização Não Governamental (ONG) disponibilizou técnicos da sua equipa em Montepuez, Chiure, Ancuabe, Namuno e Balama para apoiar os técnicos do Governo com uma Comissão de apoio aos deslocados: assim que chegam procura-se saber de onde vêm, se estão acompanhados, quantos membros tem a família, se perderam pessoas pelo caminho, se têm origens familiares no distrito.

A Oikos apoia fazendo o cruzamento com as listagens de pessoas na região e, sempre que se conseguem localizar as famílias, a própria ONG transporta as pessoas até às comunidades onde se encontram.

Este reencontro não só é fundamental ao nível do suporte emocional como as pessoas podem assim ser acolhidas em família, evitando os Centros de Acolhimento temporários com carências ainda maiores.

Só em Montepuez, local onde está instalada a Oikos, há cerca de 3018 deslocados vindos de Palma, um número que já ultrapassou os 2519 da Cidade de Pemba. Recentemente chegam em média 250 pessoas por dia e numa situação crítica com falta de comida, alimentos e higiene.

“Da forma como estamos neste momento, o número de mortes vai aumentar por insuficiência alimentar. É preciso muito mais ajuda internacional e que se consiga atuar de forma mais rápida”, afirma Luís Chindui, coordenador da Oikos em Cabo Delgado.

Partilhar