INSA publica 2.ª fase do Inquérito Serológico COVID-19

INSA publica 2.ª fase do Inquérito Serológico COVID-19

Os resultados da segunda fase do Inquérito Serológico COVID-19 (ISN COVID-19) indica um “aumento da imunidade contra a COVID-19 na população residente em Portugal, devido ao crescimento da incidência de COVID-19 observado desde outubro de 2020”.

As conclusões do estudo foram apresentadas pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA)que indicam também a existência de uma “elevada proporção de pessoas com anticorpos específicos para o SARS-CoV-2 (98,5 %) e com elevadas concentrações de anticorpos após a segunda dose da vacina, esperando-se um aumento da imunidade à medida que se for concretizando o Plano de Vacinação”, assegura o INSA.

“Esta hipótese de decaimento dos anticorpos justifica a atual opção de vacinar as pessoas previamente infetadas por SARS-CoV-2, apesar desse decaimento ao longo do tempo e mesmo ausência de anticorpos detetáveis, poderem não corresponder a uma total ausência de proteção, dado o papel da memória imunitária e da manutenção de mecanismos de imunidade celular”, refere o documento.

O INSA defende que é “necessário um melhor conhecimento da duração da imunidade pós-infeção e pós-vacinação, uma vez que o expectável aumento de pessoas imunes por via das vacinas deverá corresponder uma redução dos anticorpos nas pessoas anteriormente infetadas”.

“Os nossos resultados sugerem ainda que os indivíduos infetados por SARS-CoV-2 têm valores mais baixos de anticorpos do que os vacinados, à semelhança de resultados obtidos em ensaios clínicos”, pode ler-se no documento.

A segunda fase do ISN COVID-19 sublinha que o “risco de infeção por SARS-CoV-2 na população com idade inferior a 20 anos não parece ser inferior ao da população adulta, tendo em conta a ausência de diferenças na seroprevalência contra SARS-CoV-2 entre crianças, jovens e jovens adultos”.

O estudo conclui que a “diferença entre a seroprevalência estimada e a incidência de COVID-19 notificada pode justificar-se pelo facto de nestas idades a apresentação clínica de COVID-19 poder ser mais ligeira ou a infeção mais frequentemente assintomática do que na população adulta”.

O inquérito ressalva ainda que “não é possível inferir quanto a diferenças no nível de proteção entre pessoas infetadas ou vacinadas. De qualquer modo, estes resultados suportam a opção de vacinação de pessoas previamente infetadas com SARS-CoV-2”.

A segunda fase do Inquérito Serológico Nacional (ISN), realizado entre 1 de fevereiro e 31 de março de 2021, contou com a participação de 8.463 pessoas, com idades compreendidas entre 1 e 79 anos.

Esta segunda fase do ISN deu continuidade ao primeiro inquérito serológico realizado entre maio e julho de 2020.

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