“O melhor médico dentista de cada pessoa é, antes de mais, a própria pessoa”

“O melhor médico dentista de cada pessoa é, antes de mais, a própria pessoa”

Com experiência no tratamento de crianças autistas sem necessidade de sedação, Tânia Lourenço, fundadora da Clínica DentalMind, defende que esta opção evita o recurso a outros fármacos que podem ser mais prejudiciais para o organismo, acabando por ser menos complexa. Por outro lado, “permite desenvolver no paciente, quer um maior controlo do seu comportamento durante as consultas, quer a consciência da importância de alterar hábitos quotidianos para assegurar uma boa saúde oral”. Até porque, revela, o mais importante é todos agirmos como os nossos próprios médicos dentistas.

Como recorda o seu início de carreira, em 2000? Foi fácil implantar-se no mercado?

Depois de concluir a licenciatura, iniciei a atividade de médica dentista em clínicas privadas e fui monitora (mais tarde, assistente convidada) da disciplina de Endodontia da FMDUL. Por, então, ter um ar muito jovem e por trabalhar (como ainda trabalho) com muita calma, senti alguns entraves no início da minha carreira clínica. Porém, aquilo que no princípio me trouxe dificuldades, acabou, a longo prazo, por contribuir para ganhar a confiança e a fidelização de pacientes, sobretudo aqueles que mostravam mais receio na ida à consulta de medicina dentária.

Quais as principais mudanças que encontra na profissão desde essa altura, não só ao nível tecnológico?

Atualmente, temos acesso a mais informação de uma forma rápida e prática, nomeadamente em sites na internet e em webinars onde se divulgam técnicas, fotografias, vídeos, estudos e artigos científicos, o que facilita muito a atualização científica sem serem necessárias deslocações. Por outro lado, a maioria dos pacientes estão mais informados, o que nos traz maior exigência na elaboração e discussão dos planos de tratamento. Existe também uma explosão de novas marcas, técnicas e materiais, o que aumenta a possibilidade de sucesso dos tratamentos, mas, por outro lado, torna necessário uma maior seletividade e tempo de estudo, para manter uma linha de atuação correta e segura para todos os envolvidos.

Há seis anos fundou a Clínica DentalMind. Era um sonho antigo por concretizar, ou sempre preferiu colaborar com várias clínicas privadas?

Acabei por ser “forçada” a montar a minha clínica, para conseguir proporcionar aos pacientes o tempo de consulta necessário para cada caso sem pressões externas e de poder gerir a agenda da melhor forma, mas as inúmeras tarefas inerentes à direção de uma clínica constituem uma sobrecarga.

Leia a entrevista completa, já disponível online.

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