Universidade de Coimbra integra consórcio europeu para desenvolvimento de materiais recicláveis inovadores

Universidade de Coimbra integra consórcio europeu para desenvolvimento de materiais recicláveis inovadores

O Centro de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), via LaserLab Coimbra, é um dos principais parceiros do projeto científico europeu ReMade@ARI, um projeto que acaba se ser lançado e que visa “desenvolver materiais recicláveis inovadores para componentes-chave em áreas diversas, a um nível sem precedentes”, adianta a Universidade de Coimbra, citada pela Associação Portuguesa de Imprensa.

De acordo com Rui Fausto, um dos coordenadores do projeto em Portugal, «a plataforma vai oferecer aos cientistas um serviço completo, colaborando com eles de perto para identificar as propriedades relevantes a serem analisadas, de modo a desenvolver o material ideal para uma finalidade específica».  O professor catedrático no Departamento de Química da FCTUC, conclui que «as infraestruturas de pesquisa mais adequadas para medir essas propriedades serão identificadas entre o conjunto de instalações únicas da Europa que integram o consórcio».

O Plano de Ação de Economia Circular da União Europeia baseia-se no pressuposto de que até 80% do impacto ambiental de um produto é determinado durante a fase de projeto. 

Para promover uma abordagem abrangente da produção e produtos sustentáveis, o ReMade@ARI visa, segundo o consórcio, «alavancar o desenvolvimento de materiais inovadores e sustentáveis para componentes-chave nos mais diversos setores, como o de materiais eletrónicos, baterias, veículos, construção, embalagens, plásticos, têxteis e alimentos, a um nível sem precedentes. Para responder ao desafio de criar novos materiais que sejam funcionalmente competitivos e altamente recicláveis, será aproveitado o potencial de mais de 50 infraestruturas de investigação analítica da rede europeia ARIE».

«No supermercado, as frutas e os legumes são frequentemente embalados em plásticos para prolongar a sua vida útil. No futuro, os materiais de base biológica derivados da madeira poderão constituir uma alternativa sustentável. É aqui que o ReMade@ARI entra em ação: a investigação que leva ao desenvolvimento de novos materiais sofisticados depende crucialmente do acesso às infraestruturas de investigação europeias de classe mundial, que uniram forças no ReMade@ARI», exemplifica o consórcio.

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