FMUP: investigadores criam dispositivo para combater doenças neurológicas

FMUP: investigadores criam dispositivo para combater doenças neurológicas

Um grupo de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) desenvolveu um novo dispositivo que “é capaz de detetar, de forma precisa, concentrações mínimas de dopamina em amostras biológicas de baixo volume”. Este novo biossensor permitirá “o desenvolvimento de novos meios de diagnóstico precoce e de monitorização clínica em algumas doenças neurológicas como Parkinson ou Alzheimer”, pode-se ler em publicação da Universidade do Porto.

Para os investigadores Luís Jacinto e Patrícia Monteiro, “embora vários fatores possam causar distúrbios neurológicos, um elo em comum é o mau funcionamento na comunicação química entre os neurónios através de um grupo de moléculas designadas neurotransmissores”. A medição de concentrações de dopamina no cérebro e em amostras biológicas é “de grande importância para o desenvolvimento de novos meios de diagnóstico e de terapêutica em algumas doenças do foro neurológico”, explicam os cientistas da FMUP responsáveis pelo projeto “NeuralGRAB”.

“Alterações anormais nos níveis do neurotransmissor dopamina, que desempenha um papel essencial no cérebro humano, como a função motora e a memória, podem ter consequências graves e levar a distúrbios cerebrais como Parkinson ou Alzheimer”, descrevem os dois investigadores.

A sensibilidade recorde do novo biossensor – baseada em transístores de grafeno – será “igualmente essencial para a delineação de novas técnicas de monitorização do fluxo de dopamina em modelos pré-clínicos de investigação académica e farmacêutica”.

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FOTO: FMUP

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