Efeitos do estado de emergência no jornalismo
O Sindicato dos Jornalistas (SJ) associou-se ao estudo “Efeitos do estado de emergência no jornalismo”, da autoria de investigadores de três universidades, o Ceis20, da Universidade de Coimbra, o ICS e o CAPP, da Universidade de Lisboa, e o CECS, da Universidade do Minho.
O estudo – que conta com o SJ, a Comissão da Carteira Profissional de Jornalista e a Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (Sopcom) entre os parceiros – pretende analisar o “paradoxo” em que se encontra o jornalismo: “por um lado, diante de uma renovada oportunidade de reconhecimento público e reconquista de públicos; por outro, diante de agravados constrangimentos financeiros”.
Focado nas seis semanas consecutivas que durou o estado de emergência, o estudo quer saber como está a pandemia a repercutir-se na situação profissional dos jornalistas, que questões ético-deontológicas se tornaram mais sensíveis no contexto da crise sanitária e que efeitos pode esta nova situação ter na qualidade da informação disponibilizada.
“A crise sanitária provocada pelo novo coronavírus SARS-Cov-19 tem sido experimentada como uma encruzilhada a todos os níveis. Em termos socioculturais e económicos, a pandemia da covid-19 está a transformar a organização da vida coletiva, com impacte em praticamente todos os setores da sociedade, da saúde à educação, passando pelas condições de trabalho e pela própria gestão das relações interpessoais”, assinalam os investigadores.
O inquérito dirige-se a todos os detentores de um título profissional de jornalista registados na base de dados da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista e pode ser preenchido aqui. As respostas podem chegar até 8 de junho, devendo os resultados ser conhecidos no final do próximo mês.