Concentração impera na distribuição relojoeira

Concentração impera na distribuição relojoeira

A estratégia de distribuição que enfatiza as lojas monomarca está a beneficiar um pequeno número de retalhistas com capacidade logística e financeira. A escolha de nomes independentes e ultraluxuosos para uma clientela leal parece também estar a ter sucesso. Ambas as tendências estão a concentrar ainda mais as vendas de relógios nas mãos de alguns lojistas importantes.

À margem do congresso de joalheiros na Alemanha, que decorreu em outubro passado, Guido Grohmann, diretor executivo da Federal Association of the Jewellery and Watch Industry (BVSU), afirmou: “Entre o verão de 2021 e o de 2022, com a reabertura das lojas, após o período de pandemia, podemos olhar para trás e ver um ano excecional para este setor, especialmente nos segmentos de alta joalharia e relógios de luxo”. 

É um sentimento que ecoa nos Estados Unidos da América, na Ásia e em outros países europeus, conforme confirmado pelo Mercury Project’s “SO8 Sell-Out Index” que monitoriza as vendas de relógios e joias nos oito principais mercados. Esse índice subiu 9,8% em relação aos primeiros três trimestres de 2022, comparando com o mesmo período de 2021.

Os números já ultrapassaram os níveis pré-pandémicos, com um aumento de 20% em relação aos primeiros três trimestres de 2019. China, Hong Kong e Macau, regiões impactadas pelas suas políticas de Covid-zero, e o Reino Unido, país mais atingido pelo aumento do custo de vida, foram os únicos mercados que não beneficiaram ainda com esta recuperação. 

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