“Casa da Filigrana” abre em Gondomar

“Casa da Filigrana” abre em Gondomar

A JoiaPro acompanhou a inauguração do Museu Municipal da Filigrana de Gondomar, a 20 de maio, e pôde confirmar a homenagem que toda a região norte do país presta a esta arte ancestral. Num final de tarde quente e com vista privilegiada para o Rio Douro, o evento contou com a presença de várias figuras emblemáticas do concelho e de Cecilia Krull, cantora espanhola e embaixadora da filigrana de Gondomar.

Instalado na Casa Branca de Gramido, em Valbom, o Museu Municipal da Filigrana de Gondomar é um “tesouro” que merece ser exibido a todos os amantes da ourivesaria. A filigrana ocupa um lugar de destaque entre as criações dos ourives locais e é precisamente no norte do país que muitos artesãos trabalham delicados fios de ouro, de geração em geração. A chamada arte da filigrana “foi integrada no luxuoso património da joalharia em Portugal para representar temas variados da história, cultura e tradição portuguesas, do mar, natureza, religião ou o amor”.

O livro “Filigrana, a tradição ainda é o que era”, do fotojornalista António Pedro Santos, destaca mesmo que, “preservando um forte cunho artesanal e assumindo-se como uma atividade importante na economia da região, a arte da filigrana representa todo um valioso património. As pessoas que trabalham neste ofício fazem-no geralmente em pequenas oficinas, que se dedicam à produção de peças vocacionadas para modelos e técnicas de grande tradição”. 

Sandra Almeida, vereadora responsável pelos pelouros do Património e Turismo da Câmara Municipal de Gondomar, acompanhou a equipa da JoiaPro numa visita guiada ao museu, momento em que nos explicou as razões que levaram à sua criação e onde aproveitou para mostrar as peças em exposição.

“Sendo Gondomar considerada a capital da ourivesaria, e na sequência da criação da Rota da Filigrana, fazia todo o sentido para nós a criação deste museu. Quando a Casa Branca de Gramido passou a ser um ‘welcome center’ da rota, porque é daqui que os visitantes iniciam visita para as oficinas dos artesãos e também para o Centro de Formação Profissional da Indústria de Ourivesaria e Relojoaria, começámos a perceber que as pessoas, depois de visitarem a exposição com artefactos desta arte, tinham vontade de comprar peças”, começa por revelar.

A reportagem completa faz parte da revista JoiaPro 88.

Partilhar