Covid-19: número de consultas caiu em 70% nas clínicas dentárias

Covid-19: número de consultas caiu em 70% nas clínicas dentárias

Participaram no inquérito 4.136 médicos dentistas, de um total de 10.653 membros com inscrição ativa na OMD. O inquérito pretendeu fazer um primeiro balanço do impacto que a Covid-19 está a ter nos consultórios e clínicas de medicina dentária após a reabertura da atividade. 

Por imposição do Governo, os médicos dentistas estiveram parados entre meados de março e 4 de maio, atendendo apenas situações urgentes ou inadiáveis. Entre os que responderam ao inquérito, perto de 68% refere que o número de consultas diminuiu após a reabertura. Para 46% dos que participaram no inquérito, o número de consultas diárias baixou entre uma a cinco, para 35% houve uma redução de seis a 10 e para quase 14% houve uma quebra superior a 10 consultas diárias.  

Para a reabertura das clínicas e consultórios de medicina dentária foram adotadas uma série de medidas de prevenção de contágio da Covid-19 que obrigam, entre outras, à desinfeção dos gabinetes entre consultas. 45% dos médicos dentistas reportam um aumento entre 15 a 30 minutos no intervalo entre consultas, 30% até 15 minutos e 15% mencionam um intervalo superior a 30 minutos.  

De salientar que 99,5% dos médicos dentistas não se contaminou em ambiente clínico, o que demonstra que as medidas aplicadas são adequadas e que os médicos dentistas sabem o que estão a fazer no que concerne à infecção cruzada. Entre os médicos dentistas, 40% considera que os doentes não têm receio de contágio nas consultas, 30% admite que existe algum medo e 25% diz que talvez. Há 48% de inquiridos que relatam menor disponibilidade financeira dos doentes para prosseguir tratamentos planeados.  

Miguel Pavão, bastonário da OMD, salienta que “estamos a viver uma época sem precedentes na medicina dentária. E se podemos concluir que o impacto nestes primeiros meses é enorme, não sabemos o que irá acontecer no futuro, nomeadamente, se existir uma segunda vaga. De todas as crises que já atravessámos esta ameaça ser a pior”.   

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