“Pretendemos que quem compra joias Eugénio Campos fique maravilhado”
Sempre na vanguarda e na procura incessante pela diferenciação, a Eugénio Campos Jewels iniciou 2025 cheia de novos projetos, coleções e novidades. Nesta entrevista concedida pelo seu fundador desvendámos pedaços de história, mas também de inovação.
Como é que a marca Eugénio Campos se consegue manter inovadora e ao mesmo tempo criar peças intemporais?
Consegue-se com muito trabalho, acreditando e investindo no projeto, trabalhando diariamente com muita motivação, empenho e profissionalismo. Por outro lado, também se consegue, porque em Portugal não há marcas. Há empresas com nomes, mas não há marcas. Assim sendo, torna-se mais difícil, porque concorremos diretamente com marcas estrangeiras. Contudo, continuamos a trabalhar, conforme sempre trabalhámos para conseguir manter efetivamente a marca no posicionamento que tem, continuando a acreditar que o passado, o presente e o futuro é sermos como somos, uma marca com nome português, e bem portuguesa. Aquilo que pretendemos é que quem compra joias Eugénio Campos fique maravilhado, não importa se comprou uma joia de 50 ou de dois mil euros. Queremos que a sensação seja a mesma.
Como é que a Eugénio Campos Jewels se tem adaptado às mudanças no mercado de joalharia, especialmente com o aumento das vendas online?
Foi mais fácil nós adaptarmo-nos às vendas online do que o mercado perceber que também beneficia com as vendas online de uma marca. Dito isto, há que acrescentar que a nossa loja online tem como principal objetivo ter um catálogo aberto ao público, que o público possa ver, possa permanentemente acompanhar, para que depois se possa dirigir àqueles que são os nossos representantes e continuar neles a fazer as suas compras. Para nós claramente que a loja online funciona, acima de tudo, como uma ferramenta que disponibilizamos para o público acompanhar as coleções. E a experiência tem-nos dito que são muito mais os contactos que a nossa loja online tem para as pessoas saberem onde podem adquirir as joias do que propriamente as vendas. Com o online, aquilo que conseguimos foi trazer para a marca aqueles que são os clientes da ourivesaria daqui a cinco, 10 ou 15 anos, que são os jovens que agora não saem do sofá, nem do seu telemóvel para comprar seja o que for.
Atualmente fala-se muito sobre sustentabilidade e responsabilidade social. Como é que a empresa incorpora estas duas vertentes nas suas práticas?
A responsabilidade social, para mim, é um aspeto muito mais sensível do que a própria sustentabilidade. No nosso setor não é assim tão fácil trabalharmos a sustentabilidade. De qualquer modo, em todos os pormenores devemos ter atenção à sustentabilidade. A mim incomoda-me muito ver os rios sujos, mas incomoda-me muito mais ver as pessoas a passarem fome. Por isso, a responsabilidade social é algo com que a Eugénio Campos se tem preocupado desde sempre. Não há ano nenhum em que a Eugénio Campos não tenha uma verba dedicada à responsabilidade social. No ano passado, atribuímos uma verba bastante significativa a um lar de idosos que está a ser construído aqui em Vila Nova de Gaia. E, com dois colares para o Dia da Mulher, 10% da sua comercialização revertia diretamente para a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima). Também, em 2023, fizemos uma joia dedicada ao Outubro Rosa, em que durante o mês de outubro revertíamos 10% ao Mama Help, que é uma associação dedicada ao cancro da mama. Portanto, desde 2004 que nos ligamos a associações ou doamos verbas, quer enquanto marca quer enquanto joalheiro.
Leia a entrevista completa na JoiaPro 99.